sábado, 13 de novembro de 2010

34ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo


34ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo



Encantar-ser com o jovem James Stewart vestido de cowboy e empunhando sua espingarda em defesa de crianças raptadas por índios em pleno vão livre do Masp ou assistir a documentários experimentais disponibilizados na Internet? Para uma emoção grandiosa, o contato com uma das obras-primas do século XX em um parque público com orquestração ao vivo. Para outra mais pessoal, ver vários filmes à sua escolha dentro de uma carta com mais de 450 produções. A cada ano, a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo aprofunda seus laços com a cidade e investe em plataformas para a disseminação da sétima arte e criações paralelas.



A organização da 34ª edição ainda não conta com dados fechados de bilheteria, mas nada que impeça de avaliar os resultados visíveis do evento.


Já consagrada, a Mostra consegue mudar o clima da cidade. Pessoas e mais pessoas passam a andar correndo com planilhas impressas e revistas de programação por entre 20 salas de cinema e demais pontos de exibição. Na mira delas, recentes produções, clássicos restaurados ou experimentos entre o inovador e o bizarro. Esse movimento, já tão bem absorvido pela metrópole, consegue ao mesmo tempo dar um respiro a São Paulo como poucos eventos fazem.


No entanto, tudo tem de ser consumido em duas semanas e mais alguns dias de repescagem. Fastio e preguiça são substantivos comuns para descrever as filas e situações vividas pelos menos cinéfilos e mais impacientes.
São Paulo, uma grande sala de cinema


Para fugir de um modelo de evento comprovadamente cansativo, a organização vem buscando ampliar as ações, o que tem dado certo. Mais do que filme A ou B, foram as ações públicas, exposições e novas plataformas da Mostra que renderam mais comentários, mais burburinho na mídia e entre os expectadores.


A lista é grande. As exposições Lugares, Estranhos e Quietos e Kurosawa - criando imagens para cinema mostram como a relação entre espaço urbano e cinema são fundamentais nas obras dos cineastas Wim Wenders e Akira Kurosawa, respectivamente. O Festival da Juventude levou a locais pouco relacionados com o cinema a oportunidade de refletir sobre as políticas públicas e histórias dos jovens da atualidade.


                                                    Redação Cineclube







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